A impedância bioelétrica fornece informação indireta da composição corporal através da obtenção dos parâmetros biofísicos Resistência (R), que reflete a oposição à passagem de uma corrente elétrica nos fluidos corporais extra e intracelulares e Reactância (Xc), que representa uma componente capacitiva dos tecidos e membranas celulares.
A Impedância (Z) representa o termo usado para descrever a combinação da R e da Xc, sendo este vetor resultante posteriormente analisado para qualificar alterações hídricas.
Também o Ângulo de Fase (PhA) reflete o a integridade celular sendo calculado através da R e da Xc. Os equipamentos BIA podem emitir uma única frequência ou múltiplas frequências, incluindo aparelhos que emitem um espectro de frequência (BIS).
O LABES disponibiliza dois equipamento BIS, o Modelo 4200 Xitron Technologies (San Diego, CA, USA) que emite frequências específicas de 5kHz a 1MHz e a BIS SFB7 ImpediMed (Queensland, Austrália) que emite um espetro de frequências de 3kHz a 1MHz, sendo obtidos valores de R e Xc e calculado o Z e o PhA a cada frequência.
A água intra e extracelular é estimada pelo modelo proposto por Cole que deriva uma impedância teorética de zero a infinito com base numa curva não linear a partir da R e Xc medidas nas várias frequências, e aplicada no modelo teórico de mistura de Hanai.
A água corporal total é calculada pelo somatório das estimativas da água intra e extracelular e a MIG é estimada assumindo que 73.2% da MIG é água corporal total.